Teach For Portugal

“Um aluno disse-me, com o maior sorriso do mundo: “Hoje foi o primeiro dia em que escrevi!”. De seguida fizemos uma dança de celebração!”

Mentora GAP: Maria Catana

 

“A Nathielly quer ser “blogueira”. É uma aluna que se envolve frequentemente em confusões graves e nas mentorias responde sempre com o que pensa que eu quero ouvir. Estava a ser difícil abrir-se e falar-me sinceramente do que gostaria que fosse a nossa partilha. Aprofundei com ela a minha própria experiência de adolescência conturbada (e como isso não me impediu de crescer) e foi aí que ela se abriu um pouco mais. Falei-lhe do papel que o blog (que criei nessa altura) teve para mim. Na última mentoria que tivemos ela iniciou o projeto de construção do seu próprio blog onde, segundo ela, vai escrever o que lhe vai na alma, sem medo de ser julgada!”

Mentora GAP: Inês Gomes

 

“Na escola, um aluno procurou-me com um pedido: ficar com ele na hora da aula de religião e moral. Ele é de outra religião e por essa razão, não assiste a esta aula. Uma vez que os colegas vão todos à aula, acaba por ficar sozinho até chegar o autocarro para os levar. Desta vez não ficou!”

Mentora GAP: Patrícia Pinto

 

“A Nicole, uma rapariga muito tímida que só ligava câmara e o microfone quando era mesmo necessário, disse-me na primeira sessão “Estou muito feliz por hoje ter aula consigo!”. Na sessão dedicada à prenda para o “Dia do Pai” gostou tanto do ‘origami’ que fez 5 (!) para dar ao seu pai.”

Mentor GAP: João Ramalho

 

“Esta semana fiquei particularmente sensibilizada com uma aluna do 4.º ano, que falta às aulas com alguma frequência. Quando a encontrei nas escadas da escola, no dia em que teríamos mentoria na biblioteca, ela veio ter comigo, muito entusiasmada, e disse: “Maria! Hoje pedi à minha mãe para me trazer cedo porque é o dia de irmos para a biblioteca fazer atividades!” É, sem dúvida, nestes momentos que sentimos que nos relacionamos com eles, e que as rotinas que criamos têm impacto no seu dia a dia.”

Mentora GAP: Maria Alba

 

“Estávamos a preencher o questionário QARE quando chegámos à pergunta “Quando tenho resultados fracos foi porque não sou inteligente“. Todos os alunos responderam “eu nunca penso assim” exceto a Vera (nome fictício). A Vera acreditava que, como não sabia tudo e não tinha boas notas, então não podia ser inteligente. Eu já tinha visto esta menina brilhar em tantas mentorias, e por isso custou-me acreditar que pensasse assim acerca de si. Tocou então a campainha e prometi-lhe que retomaríamos o assunto na sessão seguinte. Pedi ajuda aos meus grandes aliados do grupo de Mentores GAP para arranjar algo para levar à Vera, que a ajudasse a mudar a sua visão de si. Assistimos em grupo a um vídeo sobre um menino chamado Hugo que perguntava o que era ser inteligente. Levei o mesmo vídeo à Vera que o viu muito atenta. Na sexta-feira voltei a perguntar-lhe se ela acreditava ser inteligente. Respondeu-me: ‘Eu sou boa a desenhar e a pintar, e acho que isso faz de mim inteligente’.”

Mentora GAP: Beatriz Salvador

 

“A alegria estampada na cara de uma criança que, na maioria das vezes, é a última a concluir os trabalhos, conseguiu fazer a ficha e foi chamada ao quadro para explicar aos colegas. Não cabia nela de contente de estar nessa situação! É notável como o acompanhamento individualizado, personalizado e baseado numa relação de confiança e afeto faz maravilhas! Incrível!”

Mentora GAP: Ana Correia

 

“A mãe de uma aluna, a quem presto mentoria individual, fazia sempre questão de me vir cumprimentar. Reparei então que começou a ficar no quarto da filha durante as nossas sessões, até que descobri a razão: também queria aprender inglês! Desde aí, participa também nas mentorias da filha :)”

Mentora GAP: Madalena Ferreira