Mentores do Teach For Portugal estão, pelo segundo ano consecutivo, nos agrupamentos de escolas de Celeirós e Dr. Francisco Sanches. Projecto é mais-valia para toda a comunidade educativa.
Porque “de onde uma criança vem, não deve afectar para onde vai”, a Teach For Portugal existe desde 2018, fazendo parte da rede internacional Teach For All, que actua há mais de 30 anos, em 58 países. No concelho de Braga, os agrupamentos de escolas de Celeirós e Dr. Francisco Sanches abraçaram este projecto desde a primeira hora. Os resultados estão à vista e, neste segundo ano de mentoria, o trabalho vai envolver também a co- munidade.
Com 3400 alunos impactados com o programa no ano lectivo 2020/2021 e com mentores espalhados por 34 escolas de todo o país, a Teach For Portugal “recruta e forma pessoas de várias áreas profissionais para integrarem o programa e serem aliados de uma escola durante dois anos lectivos, com foco nos 5.º e 6.º anos”, explicou a gestora de Marketing e Comunicação da Teach For Portugal, Filipa Cunha.
Os mentores têm a função de acompanhar um ou mais professores, actuando em sala de aula e dinamizando também actividades/projectos que correspondam às necessidades de desenvolvimento dos alunos. “O objectivo é não deixar nenhuma criança para trás durante o seu percurso escolar, desenvolvendo o seu potencial ao máximo, desde os resultados académicos até à gestão emocional”, assegurou ainda Filipa Cunha, referindo que a colaboração de um mentor na sala de aula e na escola “permite dar mais atenção aos alunos, criar coesão e resolver situações repetitivas de abandono, desistência, desmotivação e conflito”.
Para o director do Agrupamento Dr. Francisco Sanches, Arlindo Antunes de Sousa, este programa está a ser “uma mais-valia”, fazendo, por isso, “um balanço muito bom”. “Seria muito bem-vindo mais um mentor e o acompanhamento a mais turmas, porque o sucesso escolar, às vezes, não passa só por apoio ao estudo, mas também por uma simples conversa”, defendeu.
A mentora está a acompanhar uma turma, actualmente no 9.º ano, desde o ano passado. “Trata-se de uma turma com muita dificuldade, no entanto, está a fazer um percurso escolar regular, por isso, é uma mais-valia no acompanhamento ao aluno”, justificou o director, referindo que a mentora faz acompanhamento no âmbito “de determinadas competências, nomeadamente, na concentração, no adquirir habitos de estudos e na auto-regulação emocional”.
Entretanto, após o sucesso do primeiro ano, a mentora vai agora colaborar no âmbito do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar com dois planos de desenvolvimento pessoal, social e comunitário. “Apostamos em duas medidas (‘Aprender com as histórias da comunidade’ e ‘Comunicar em Português’) que vão ser “uma mais- valia para o agrupamento”. A primeira medida, explicou o director, acaba por integrar outros projectos que estão a ser desenvolvidos e a sua medida “é importante para o agrupamento já que tem muitos alunos estrangeiros”.
Publicado: Correio do Minho
Autora: Patrícia Sousa