E o que tem isso a ver com o sistema educativo?
Temos tendência a simplificar os problemas sistémicos, a procurar resultados rápidos e a eliminar os sintomas ao invés de intervir no problema.
Pensar de forma sistémica permite-nos compreendê-los de forma mais completa, precisa e informada antes de agir. Permite-nos interligar assuntos e perceber relações; abrir o leque de opções e perceber que não há soluções únicas nem perfeitas – as escolhas feitas vão impactar outras partes do sistema. Permite-nos antecipar o impacto dessas escolhas, e minimizar riscos. Permite-nos fazer melhores perguntas antes de saltarmos para as conclusões.
Uma Mudança Sistémica no sistema educativo, implica pensá-lo de forma integrada. Não podemos pensar nas coisas isoladamente, mas sim como uma intrincada rede de implicações, como um sistema vivo, em que tudo está ligado.
Isto só é possível se várias pessoas, com diferentes pontos de vista e experiências, conversarem de forma humilde. Os Mentores convidaram professores, alunos, psicólogos e diretores das comunidades educativas das suas escolas para juntos pensarem:
O que potencia os alunos a atingirem o seu máximo potencial? E o que o inibe?
Surgiram temas comuns. Em grupos, pensaram nas suas causas e consequências e criaram loops causais construindo a narrativa.
Com os loops de todos os grupos, criámos um mapa sistémico do problema da desigualdade educativa e como imaginávamos, constatámos que muitos loops se ligam a outros, sendo a base do pensamento sistémico.
A pergunta que importa:
Que elementos chave existem nestes loops que se forem alterados têm o potencial de desencadear um efeito em cascata e transformar positivamente o sistema educativo? Quais as implicações de curto, médio e longo prazo?
Como podem os lobos mudar o curso de um rio? Como podemos transformar o sistema educativo?